Não me canso de repetir que o empreendedorismo move o mundo. Além do que, ele não tem relação apenas com empresas e executivos, mas, com todo profissional.
Quero dizer que empreender nada mais é do que o ato de superar obstáculos e colocar em prática alguma ideia inovadora. Isto é, superando os percalços naturais de qualquer empreendimento, mesmo que não tenha retorno financeiro.
Sendo assim, o mesmo vale para qualquer profissional, independente de sua hierarquia dentro de uma empresa. Em outras palavras, o profissional deve desenvolver o conhecimento empreendedor e desenvolver habilidades que permitam trabalhar de forma correta a sua gestão de uma forma geral. Ou seja, colocando em sua mente que é o seu próprio produto.
As emoções comandam a nossa vida e guiam nossos caminhos. Mas, quando o assunto é comercial, nem sempre devemos permitir que elas nos direcionem. Pois, há risco de comprometer nossos planos por tomar alguma atitude imprudente ou desnecessária. Isso, quando motivados por nossos instintos mais primitivos conforme o exemplo que contarei adiante.
Não sou de acompanhar novelas. Mas, num dia parado em frente a TV, me peguei assistindo um trecho que me chamou atenção para esse tema. Embora seja uma obra de ficção, exemplifica bem o que realmente acontece na vida real.
Um cantor acabou demitido da sua gravadora com o argumento de que não fazia mais shows e seus discos não vendiam conforme já havia acontecido no passado.
Não estava em jogo apontar o dedo e dizer se ele ou alguém tinha culpa. A gravadora simplesmente trabalha com números e por esse motivo ele precisaria ser cortado. Pois a crise econômica que o país passava naquele momento pedia mudanças e cortar custos era uma das opções.
Até aí não tem nada que qualquer pessoa fora da situação não entenda. Mas, o cantor se sentiu ofendido. Gritou com a diretora artística e achou um absurdo a sua demissão. Alegou que já fez sucesso, que já vendeu discos e que não poderia ser demitido.
A sua revolta e indignação com relação à demissão, é compreensível. Porém, movido pela emoção, misturou as coisas. Teve um comportamento totalmente fora de controle e, pelo rumo que tomou a situação, acabou gerando um mal estar entre ele e a gravadora.
No futuro, isso certamente iria lhe impedir um novo contrato ou qualquer outro tipo de acordo comercial que pudesse favorecer sua carreira.
Mas, o que um cantor demitido pela gravadora tem a ver com o profissional, em geral? Tudo.
Se um atleta profissional, por exemplo, tenta um patrocínio com uma empresa e se comporta de forma agressiva por ter sua proposta negada, pode ter as portas fechadas no futuro. Então, ele precisa entender que não se trata de um trabalho social, mas sim um negócio que precisa ser bom para ambos os lados. Quer dizer, se a empresa não tiver algum tipo de retorno, vai negar esse apoio.
A dica sobretudo é manter o controle e não permitir que a emoção (pessoal) interfira no contexto profissional.
Isso garante um bom relacionamento. Assim, para um projeto ou proposta inicialmente negados, poderão ser aprovados num momento futuro. Ou, que possam ser revisados, alterados e novamente apresentados.
Não é porque você acha que é o melhor profissional do mundo que todas as outras pessoas têm que achar. Quando o assunto é dinheiro, a primeira coisa que uma empresa faz é proteger os bolsos e procurar possíveis erros ou falhas para dizer que não vai apoiar a sua ideia.
Se você se considera uma pessoa explosiva ou de pouca paciência, talvez deva trabalhar esse lado. Assim, melhorando o seu autocontrole diante de situações que possam te tirar do sério.
Exerça a empatia e se coloque do outro lado. Compreenda que a visão da outra pessoa pode não ser a mesma que a sua. O peso vale para todas as áreas da sua vida. Mas, quando o assunto for profissional, procure sempre despertar uma emoção positiva nas pessoas com quem se relaciona.
Evite que suas possíveis emoções negativas possam colocar a perder toda sua história desenvolvida com tanto esforço.
Qualquer um pode zangar-se, isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa, não é fácil. – Aristóteles
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