Reforma da Previdência: boa ou ruim? Vamos direto ao ponto. | Nilo Silva

Reforma da Previdência: boa ou ruim?

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Reforma da Previdência: boa ou ruim?

Reforma da previdência boa ou ruim

Queira ou não, defenda a bandeira x ou y, esse tema terá impacto direto ou indireto em sua vida. Estou falando da reforma da Previdência. Assunto muito comentado nos últimos governos e que se faz necessária devido ao desequilíbrio no sistema de aposentadorias. Isto é, uma vez que os brasileiros estão vivendo mais, irá faltar dinheiro para pagar todo mundo. Essas são as afirmações dos defensores da reforma da Previdência.

 

O que acontece no país com a reforma da Previdência

Reforma da previdênciaCompreender totalmente a proposta da reforma da Previdência é para poucos. Ela já não é tão fácil de entender e ainda houve várias atualizações desde o seu projeto inicial. Essas atualizações são chamadas de emendas, que incluem ou excluem determinado ponto.

Ao mesmo tempo, aqueles que acompanham a reforma da Previdência devem estar atentos aos detalhes que podem mudar vários benefícios. Um dos pontos principais se refere ao tempo de contribuição.

Atualmente, para se aposentar por tempo de contribuição, os homens precisam contribuir 35 anos com o INSS e as mulheres, 30 anos. Ou, então, se aposentar através da chamada aposentadoria por idade urbana. Neste caso, o colaborador, independentemente do sexo, precisa ter 15 anos de contribuição. Contudo, para validar a aposentadoria por idade urbana, o homem deve ter 65 anos de idade e a mulher, 60.

Com a reforma da Previdência, teremos uma mudança na regra da idade das mulheres, sendo de 60 para 62 anos. Mantém-se as demais para a aposentadoria por idade urbana.

Porém, na reforma da Previdência, é importante ressaltar que as regras não são exatamente para todas as categorias. Ou seja, o que vale para uma não vai valer necessariamente para outra.

Isso significa que o militar das forças armadas terá regras diferentes dos professores. Os professores, por sua vez, terão regras diferentes do trabalhador do setor privado e assim por diante.

 

O discurso de igualdade, na prática.

Os defensores da reforma da Previdência dizem que os ricos irão pagar mais e os pobres pagarão menos. Assim sendo, teremos um país mais justo e pautado na igualdade. Será mesmo?

Como exemplo, vamos analisar um trabalhador de uma empresa privada. Isto posto, sabemos que o seu trabalho é regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A alíquota (desconto) da sua contribuição vai de 8% a 11%, variando de acordo com o seu salário.

Com as novas regras, o desconto será um pouco menor. Por exemplo: quem recebe um salário mínimo vai pagar 7,5%. Em outras categorias, o desconto pode ser maior: passando dos 16% para quem recebe acima de 39 mil reais mensais. Uma minoria, neste último caso. 

Por isso, o discurso de igualdade é cobrar mais de quem ganha mais e cobrar menos de quem ganha menos. Sem mencionar o discurso político dos parlamentares. 

Até aqui, é simples de entender. 

Mas, vamos agora falar sobre a tal igualdade.

Se um trabalhador precisará ter 65 anos para se aposentar, por que um policial federal poderá se aposentar com 53? Obviamente, a resposta será porque ele paga mais ou porque a alíquota dele é maior. Porém, são 12 anos a menos que um trabalhador comum da iniciativa privada, que é maioria no país. 

Não estou desmerecendo a atuação do policial federal, reforço ainda que a reconheço sendo como excepcional. Mas, por que ele precisaria ter 53 anos para se aposentar enquanto um vigilante patrimonial precisaria de 65 anos? Onde está a igualdade aqui? Pois bem, essa é uma das regras aprovadas em que esses dois profissionais precisarão de idades diferentes para a aposentadoria.

 

A reforma da Previdência, e os militares.

Outra regra é com relação aos militares. Eles poderão se aposentar com o último salário recebido. Diferente, no caso, das demais classes, que terão o valor de sua aposentadoria definido de acordo com uma média salarial.

O argumento para defesa é: o militar não se aposenta e, sim, vai à inatividade – podendo ser convocado, se necessário. A pergunta é: qual a possibilidade de precisar convocar um militar já aposentado? Uma guerra, por exemplo?  Eduardo Garrido, assessor especial do ministro da Defesa, afirmou: “Fazemos um juramento de sacrifício da própria vida”. Então tá, né. 

 

Conclusão

Com as novas regras, os trabalhadores da iniciativa privada, uma vez que estão em maior número, serão proporcionalmente mais impactados. Por isso, é importante que a classe esteja atenta às mudanças, podendo se planejar para os anos ou décadas futuras. Aqui no blog, já falei sobre 5 passos que ajudam você atingir seus objetivos.

Falar sobre a reforma da Previdência é algo abrangente. Temos variadas regras e definições específicas, mas é fato que ela tem sim seus pontos positivos, bem como alguns negativos. Alguns realmente irão melhorar a desigualdade. Outros, poderão aumentar. E em tantos e tantos outros, teremos muito pano pra manga, muita controvérsia e muita discussão.

Afinal, qual a sua opinião sobre a reforma da Previdência?

Nilo Silva
Nilo Silva
Empresário, palestrante, criador de conteúdo, e escritor do livro QAP Total - Pronto para o sucesso.

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